Que queres de mim, inverno
que investes e foges, e em fogo
regressas, frio inferno
que não me dás desafogo?
Acumulam-se anos e minutos,
céleres passam e desaparecem,
confundem-se desejos e lutos,
amores, desamores, se esquecem.
Mas de tudo o que tanto mudou,
de tudo o que alegra, de tudo o que dói,
só não amaldiçoa o que passou
esta esperança que em mim sói:
ser eterno amor que não perdura,
e não ser engano tanta desventura.
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